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a blog for the friends of the e-head list and gigs, meaning, lovers of e-music in general...

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Wednesday, August 21, 2002

sónar 2002 no multishow

o canal multishow vai exibir hj (quarta-feira), as 23h30, o programa especial sobre o sónar 2002, q rolou em barcelona. n perca...
saque só o q saiu na imprensa de manaus sobre o ecosystem:

Câmara vai à Justiça contra “Ecosystem” (Gabriel Andrade)

A Câmara Municipal de Manaus vai ingressar com uma ação na Justiça para tentar impedir a realização da segunda versão da festa rave Ecosystem 2.0, um festival de música eletrônica marcado para o período de 22 a 25 deste mês na área da Cachoeira Alta do Tarumã, que está sendo encarado por políticos e autoridades policiais como um portal aberto para um derrame de drogas pesadas, inclusive o ecstasy, entre a juventude amazonense.

O festival de ruídos eletrônicos cognominados 'música rave' é um encontro de metaleiros do país e do exterior com apoio logístico e financeiro do governo do Estado, via Secretaria de Cultura, Desportos e Turismo. Enquanto os ambientalistas criticam o evento pelos danos que causa à flora e fauna da região do Tarumã, os políticos se preocupam com ao consumo indiscriminado de drogas e com os custos que a festa rave representa para os cofres públicos, sem trazer qualquer benefício socioeconômico para o Estado.

As autoridades judiciárias e policiais, por sua vez, se preocupam com a questão da disseminação de drogas, principalmente o ecstasy, uma substância alucinógena que provoca dependência química em quem a experimenta e causa a mortedo viciado.

Maioria repudia a festa

Ontem, na Câmara Municipal de Manaus, os vereadores se revezaram nas críticas ao evento e decidiram encomendar à Procuradoria Geral uma ação à Justiça para tentar embargar a festa rave. O assunto foi puxado pelo vereador Fabrício Lima (PL), que há dias vem apontando os malefícios previstos pelo festival. Segundo Fabrício, o evento do ano passado custou aos cofres públicos R$ 4 milhões e só serviu para os jovens experimentarem o ecstasy.

Nem todos os vereadores, entretanto, concordam que a festa rave seja prejudicial aos jovens. Segundo o vereador Chico Preto, o governo do Estado está gastando só R$ 200 mil no apoio ao festival e é exagero achar que o Ecosystem seja um portal para viciar os jovens. Ele argumentou que drogas são consumidas todos os dias nas casas de show e nos currais de boi-bumbá e lembrou que compete à Polícia Federal combater os narcotraficantes. Embora ache justa a cobrança dos vereadores, Chico Preto sugeriu que a Polícia Federal faça combate às drogas em todas as casas de show da cidade. “Não há porque dizer que o problema das drogas se acentua por ocasião de um evento onde o governo investe R$ 200 mil, que não paga um VT de 30 segundos na TV Globo, mas divulga internacionalmente o Estado do Amazonas”, defendeu o vereador.

O presidente da CMM, vereador Nelson Azedo, defendeu o Ecosystem. Ele disse que falou com o secretário Robério Braga, da SEC, e este teria lhe dito que não sabia o valor exato gasto com o Ecosystem de 2001, mas este ano seriam R$ 200 mil. “É importante que os vereadores e a procuradoria da casa tomem providências para esclarecer os fatos e não ficar divagando em cima de denúncias”, recomendou Azedo.

=========== viram? chamaram a festa rave (dã) de um encontro de "metaleiros"!!! caraca!!! essa gente nao tem a menor ideia da repercusao positiva q a ecosystem tem no resto do mundo. isso so ta rolando pq estamos em epoca de eleicoes, pura politicagem.






globe trotting, pt 3

estados unidos = o lugar mais amado/odiado do mundo. tbm, eles fazem nossa cabeça, mas depois batem a porta na nossa cara!

nova york- ja estive la quase tantas vzs qnto em londres. é a unica cidade americana onde vc ve povo na rua, anda a pe, de metro, onibus, bicicleta, patins, a cavalo, como queira. e ninguem te da bola se vc ta com uma melancia na cabeça. o povo as vzs é meio grosso e os atendentes de bares e restaurantes s todos aspirantes a atores, entao te servem e tratam com desdem. na area alternativa, o village ja foi o centro do mundo, hj n é mais. vive so de pose e roupa preta. na noite, cada ano vai mais pro brejo. todos os clubes e bocadas legais fecharam (o mother era dez, mistura de cubatao com smith, rock e eletronico, drags e punks,
goticos e aliens...). o cbgb vive da fama passada, e o resto (ritz, roxy, mudd, max's kansas, acabou). o povo é misturado como em londres, so q n interage tanto qnto, o separatismo rola brabo. no geral, cara, alucinante, fascinante e, agora, um pouco perigosa...

miami - muita gente tem bronca de miami por causa dos ricos da barra e da era collor, mas se vc sair da area turistica/cubana, vai achar uma cidade calma, bonita e com praias limpas como n se ve mais por aqui. é o mesmo mar do caribe, transparente. a qualidade de vida é boa. vc pode morar em casa e, dependendo da area, nem precisar usar tanto o carro. mesmo assim, é uma cidade mais para velhos ou quem quer tranquilidade, embora seja la q role a convencao internacional de djs anualmente e muitas turnes de shows passem por la. miami n é a barra. e a barra n é miami, esta muuuito longe de se-la...

orlando - cidade parque tematico, so maluco ou empregado da disney mora la. é tipo uma brasilia do mickey, cortadas por eixos, parques tematicos de tudo qnto é tipo e um povo estranho. não é a toa q marilyn manson é de lá. e os genitorturers, tbm...

los angeles - nao é orlando, nem vegas, mas é a cidade da mentira. esqueca aquilo q vc viu nos filmes, as praias, a liberdade, as garotas, é tudo mentira. praias, existem e sao bonitas, sim. mas o mar do pacifico é frio pacas, ate no verao. entao, so se vai a praia todo vestido e com tudo em cima, ja q é proibido beber, usar sunga, comer fora da area etc. alias, quase tudo é proibido na california. hollywood boulevard é uma porcaria, uma rua decadente para turista japones. sunset so vale pela area dos clubes de rock e pelo passado. tbm a maiot tower records da cidade fica la. pra tudo tem q usar carro, tudo é longe, rola engarrafamento, poluicao, pose, terremoto. se a gente tem quase tudo isso aqui, ir pra la so se for por um bom trabalho. eu gostei da primeira vez, achei legal da segunda, mas achei muito esquisito na ultima. e, repito: tudo é proibido na california, nada é como se vendeu nos filmes...dizem q san diego é que é o bicho, mas infelizmente eu ainda n tive a sorte de ir la. dizem q eh o rio, sem as favelas e a sujeira...

san francisco - ja teve seus tempos. é bonita, sim, calma, bacana, de povo gentil, mas tem um grande problema: acaba cedo. depois das oito da noite vira um deserto. restaurantes, casas de shows, quase tudo fecha entre dez e onze da noite. cidade do interior, so! a maior decepcao é ir em haight/ashbury, outrora meca dos hippies, berço do flower power, e ver q agora so restam arapucas para turistas, montes de vagabundos (alias, como tem homeless em sanfra, vc pisa neles em toda parte, so n tem crianças na rua como aqui, alias, crianca na rua so vi no brasil, nem no chile eu vi) e, pelo menos, uma excelente loja de discos, a amoeba. e ainda tem um lance: o verao la e frio pra caralho, a cidade vive sempre enevoada. é mais simpatica do q l.a e mais calma do q n.y, mas... é a america. bom, tem o vale do silicio, o napa valley, mas nasda vale (epa!) tanto assim..

enfim, a america tem um serio problema: tudo o de legal so existe mesmo nos filmes e nas series de tv. é como uma grande rede globo q engana o mundo vendendo mentiras e produtos pela tv e telas de cinema. e os americanos sao muito burros. e gordos! a europa, mesmo velha e decadente (na aparencia, pq é super moderna), tem mais jogo de cintura e diversidade. usa is boring...




Tuesday, August 20, 2002

noise na dtv

o canal 605 da directv é muito legal pq sempre mostra um show ou discotecagem de dj ao vivo, geralmente de linha altenativa. essa semana, e na outra tambem, esta rolando o set q anderson noise fez numa festa circuito, em sp. antes do set tem entrevista com ele e depoimentos do publico em geral. no final, passa o esperto clipe para copacabana, q, alias, ta concorrendo ao vmb na categoria de e-music. mas, mesmo adorando o dj e o som (anteriormente ja teve um set do krush) é estranho ver um dj tocando na tv. bem melhor é estar ali, na ação. mas serve pra ver como ele desenvolve o set, as tecnicas usadas e tal, tudo é filmado de perto...
e-music, essa eterna relegada...

acho bem chato continuar lendo e ouvido falar de musica eletronica no brasil sempre como se fosse uma coisa alienigena, separada do resto, estranha. qndo algum critico fala de algum disco de pop, mpb ou rock q use eletronica, sempre acha um jeito de dar uma sacaneada de leve ou deixar bem claro q a eletronica esta sobrando. quase todo dia leio isso nos jornais. e mesmo em blogs, ainda pego coisas como a lista de uma menina de suas musicas favoritas, toda de alt rock, q, no final, incluiu the test, dos chemical brothers. ai, logo depois, ela explica, pede desculpa por ter incluido a musica. pq? ha algo mais rock hj do q os chem bros?

Monday, August 19, 2002

ecos espaciais

coisas vistas e ouvidas na space rave: ricardinho ns me disse q agora vai tocar psy trance "com percussão". o fato de ele ter chegado e saido com a dj penelope foi mera coincidencia. sua estreia sera nessa quarta na festa lua solidaria da bunker. na rampa de skate, encontrei com tatu, punk decano carioca, q me disse q pensa em voltar com a banda coquetel molotov para um show especial no garage. na hora em q amandio tava tocando new order, o telao mostrava uma bunda rebolando em loop! alias, o q faz uma discotecagem de rock numa rave (all respects to amandio)? bom, mas no final, todos se divertiram e a festa foi bacana...

Sunday, August 18, 2002

globe trotting, pt 2

frança = a primeira vez q vi paris n foi como nos filmes. era final dos anos 80. o povo era grosso, fedorento e antiquado. so valeu pq eu tava com minha namorada e a gente ligou o que-se-foda e se divertiu. na segunda vez, ha poucos anos, tudo havia mudado. a cidade ficou mais "americana" (para o bem e para o mal), mais jovem, as pessoas ja tentam entender o seu ingles (eu quase nada sei de frances) e todo o mal estar passou. ate pq, paris é a cidade mais linda e harmonica do mundo (tirando aquela maldita torre preta de montparnasse). siga o cliche: se estiver amando, la é o lugar onde o romantismo transpira. mas n de mole. tem muito malandro nas ruas e os suburbios se parecem com os de qualquer bairro de zona norte do rio. beleza so no centrao turistico. o som predominante é o hip hop, mesmo com o advento do house frances. mas os cinemas sao maravilhosos. e ver/ouvir o garnier no grand rex (onde vi imensidao azul em 88, num mega telao e numa versao diferente da q passa aqui) é o maximo.

portugal = apesar de os franceses terem o lobby da culinaria, um dos lugares onde se come melhor no mundo é em portugal. o povo é muito simpatico com os brasileiros, mas alguns ainda teimam em nos olhar como "pais", colonizados, e se referir a america do sul como "lá embaixo". fora isso, lisboa é como deve ter sido o rio de nossos pais nos anos 50. antiga, linda, limpa. ja oporto (porto) é mais metida a besta, se acha mais francesa/inglesa. meio como alguns paulistas olham para o rio e o resto do brasil (na boa...). rola a rixa nas artes igualzinho aqui. mas sao todos portugueses e as cidades ficam a menos de uma hora de voo da outra. o q me chamou a atencao na epoca q fui, ha mais de uma decada, eh q os djs la n mixavam. eu ja mixava, aqui ainda q mal e porcamente, na smith, mas eles la so emendavam ou cortavam. hj a coisa é outra, claro. mas eles ainda se sentem superiores a nós. sera?

espanha = passei batido por madri e fui direto a barcelona. cara, se tem um lugar no mundo, fora o rio, onde eu moraria, seria lá. povo jovem, bonito, quente, ligado, muita alegria nas ruas, muita coisa rolando, um lugar onde ainda da pra se começar uma vida. e tem inverno (mesmo com praia). e fica pertinho de ibiza por aviao. tudo na cidade se concentra no eixo ramblas-passeig de gracia, onde o antigo e o alternativo se cruza com o moderno e tecnologico. vc vai de uma catedral gotica q ja existia antes de o brasil ser descoberto para um mega predio modernoso em poucos quarteiroes. o club moog é O lugar para dançar e ver djs do mundo todo. no geral, a europa ganha da america pq, em cidades como barcelona, paris, londres, dublin, vc pode fumar, jogar bola, sinuca, ver erotismo, sem a menor culpa, sem um falso moralismo, embora, no fundo, a igreja catolica esteja ali atras (menos na inglaterra). na geral, é o seguinte: as grandes capitais sao legais, mas chegou nos suburbios, é tudo igual. seja aqui, em sampa, em paris...o povao tem os mesmos anseios e desejos, so fala uma lingua diferente. afinal, somos todos humanos e do mesmo planeta, ne?
outro sabado, outra rave

foi legal a space rave la no espaço lonier, um sitio com bastante infra la em vargem pequena, vizinho dos outros onde ja rolaram outras raves como o sitio dos prazeres e o das pedras. toquei no palco (sim, era um grande palco) do trance, q aqui no rio significa psy trance, mesmo q vc toque outros sons derivados. acho pouco desafiador e monotono so tocar psy, muito linear. o lance é provocar, recriar. por isso gosto de tocar. senao ficava em casa com minhas pick-ups. tbm ja n tenho esperanças de encontrar um publico q realmente goste da musica e preste alguma atencao no dj, pra saber se o cara foi ruim ou bom. sei q mais da metade da galera ta ali so pra ficar doidao (faz parte, mas é so isso?). la na hora, foi estranho, pq acho meio bizarro tocar num palco de frente pra multidao e com minha cara no telao, mas faz parte da festa. prefiro ser o agente invisivel, o cara q ninguem ve na penumbra, mas provoca a pista. depois, veio o live pa do influx (sp) e a noite estava apenas começando, mesmo já sendo 4am. como disse, a rave foi legal, cheia, mas, ja com cinco anos de mega festas nas costas (desde a love galaktika, em 97) n entendo como ainda falte comunicacao entre as partes. seja a rave pobre ou rica, nunca tem alguem pra receber os djs. a gente sempre tem q explicar pra milhares de segurancas q vamos tocar, passar por mil barreiras, repetir tudo de novo (pq, apesar de usarem radio comunicadores, essa gente n se comunica) para, finalmente (e carregando o pesado case) entrar no lugar. dai descobrir onde esta a sua tenda/palco, aguardar q alguem apareça pra lhe oferecer ao menos uma agua e torcer para q after tudo vc pelo menos receba. um dia isso acaba? tudo bem, rave nao é clube de luxo, mas se os djs sao parte importante na festa e ganham ate palco, merecem mais atenção...