e-head em julho
como ziggy vai dar uma viajada basica na semana q vem, a ehead vai ficar fora do ar por duas sextas seguidas la na bunker. nas duas datas, o som da pista 2 vai ficar a cargo de djs de hip hop e drum and bass. nao serao noites electric head. mas eletronicas. nessa sexta, ziggy faz a noite normalmente, logo apos acabar um show de rock q vai usar o palquinho da pista 2. parece q, de agora em diante, vai ter show toda sexta no palquinho e a ehead vai começar um pouco mais tarde, entre 1h30 e 2am, o q eh ate bom, pq o povo so aparece mesmo nessa hora (normalmente eu começo a 1am). vamos torcer para os shows n atrasarem muito. bip!
a bunka reabre
a tal reforma foi meio uma enganação. a bunker reabriu ontem com festa para convidados, ainda cheirando a tinta e com muito por fazer. na real, so alargaram o lounge, que agora virou a sala 3. o lunge de fatos era na area onde funcionava a cozinha da casa, que vai herdar os sofas e pufes da casa, e realmente sera um lugar para musica mais calma e relax, com o telao e videos. tambem tiraram as grades da pista principal, menos um lugar pra galera exibicionista dançar. mas ficaram os queijos. na sala 2, tudo igual. apenbas transformaram a ante-sala num bazar, com varias lojinhas de discos, roupas e bugingangas, e tbm novas maquinas de fliper. o principal para um clubber, q eh a parte tecnica (luz e som etc) ficou tudo igual. essa é a reforma q realmente precisa rolar. a noite de reabertura foi um sucesso. aquele povo q n aparece em lugar nenhum e q so vai em festa gratuita, bl ou convidado, apareceu todo. eu toquei na pista 1 com mauricio lopes (q tava muito inspirado) e kmilla e foi muito legal, pista lotada e muito animada...
e-head here, there, everywhere...
nem todos sabem mas, alem da coluna na dj world e das notas no site ehead que fica dentro do bitsmag, ziggy tbm mantem um espaço na revista alternativa rock press. entao, a partir de agora vou reproduzir as materias publicadas na rock press aqui no blog. aqui vao a mais recente (que so vai estar na proxima edicao da revista), e a última, da edicao que esta nas bancas:
um som electrizante
Na base da moderna música eletrônica está o electro, filho direto da cruza entre Kraftwerk e Afrika Bambaataa, que, mais adiante, deu também no hip-hop e na house e techno music contemporânea. Ou seja, é básica. E o electro hoje experimenta um renascimento, tanto no mainstream, quanto no underground, com novos artistas e um hype em volta.
Como um som básico, o electro é bem minimalista. Ele tem traços do synth-pop/new wave, por usar equipamentos antiquados e de som econômico, como rola com o lo-fi no rock. Ele também está um pouco na raiz do funk carioca (derivado do Miami Bass) e tem ligação direta também com o ebm, que resultou no future pop (vide e-head passada).
O marco do renascimento do electro se deu na Europa, mais precisamente na Alemanha, e, mais diretamente, através do selo International DJ Gigolos, do DJ Hell. De lá, há uns dois anos, saiu o marcante "Kenkraft", do Zombie Nation (cuja capa parodia o "Nevermind", do Nirvana, só que com um bebê demônio numa piscina de sangue!). Mas, desde 1997, o selo vem lançando a
coletânea "Internatonal DJ Gigolos" (cujo simbolo é o corpo do Schwarzenegger com a cara do Sid Vicious), que já está em sua sexta edição, sendo que o quinto volume (duplo) acaba de ser lançado no Brasil pela alternativa Sygno Music. Nele, estão músicas já clássicas, como "Sunglasses in the dark", de Tiga; "Merge", do FischerSpooner; e faixas com The
Hacker e Miss Kittin.
Numa área mais rock, há dois anos saiu o primeiro EP do Ladytron, que ano passado lançou um álbum maravilhoso, "604" (ja comentado aqui na época, inédito no Brasil), que, recentemente, acabou participando de um crossover, ao terem regravadas por Felix da Housecat as músicas "Playgirl" e "He took her to a movie" em seu excelente disco "Excursions", também inédito por
aqui. Ficou muito bom. Outro nome de ponta do novo electro (que, na Alemanha, já está velho) é a dupla FischerSpooner. Em comum entre quase todos eles, o clima hardcore sexual das letras e a batida robótica e antiquada. Por aqui, isso já está dando frutos, com o encontro da cantora indie Bia Grabois com o DJ Mauricio Lopes, que juntos criaram o electro
"Homens de plástico", já um sucesso nos undegrounds carioca e paulista.
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futurepop o som que vem do passado
As batidas são marcadas no ritmo 4/4. As vozes são cavernosas. O clima é
dark. As letras ficam entre o deprê e o viajante. Mas não é new beat. Não é
o goth/industrial nem o synth-pop dos tempos do Crepúsculo de Cubatão. Mas é
bem parecido. Embora devam muito ao Front 242 e ao Depeche Mode, por
exemplo, a geração que faz esse som com toques de neogótico/dark wave/ebm -
e que na falta de título melhor ganhou a pecha de futurepop - está criando
uma nova prole de seres noturnos, que gostam de música nem muito alegre nem
muito rápida, para dançar olhando para a parede. E que dê para cantar/sofrer junto.
O que diferencia algumas bandas do dito futurepop (termo cunhado pelo cantor
Ronan Harris, da banda irlandesa VNV Nation, que junto com o Apoptygma
Berzek e Covenant forma a santíssima trindade do gênero) é que algumas de
suas músicas, sobretudo em remixes, apropriam-se de padrões de electro e
bastante do trance progressivo (não confundir com progressive house, nem com
o psy trance, como geralmente acontece). São as mesmas batidas, as mesmas
viradas e o clímax. Exceto pelo fato de o futurepop ter vocais/letras, dá
para confundir às vezes. Mas, basicamente, o futurepop bebe da fonte de
bandas do passado, como Depeche Mode e Front 242, alem do sempre referente Kraftwerk.
O f-pop já é um fenômeno na Europa, com revistas, fanzine, festivais, sites
e fóruns dedicados ao futurepop. Lá, o estilo também tem espaço exclusivo
nas rádios. Curiosidade: o cantor do APB, Stephan Groth, é fã do Metallica
e, ao vivo, a banda toca covers de "Fade to black" e "Nothing else matters".
Imagine só! Bem vindo ao futuro do pop. Ou, pelo menos, aos próximos minutos da nova
música. Pode desencavar os seus velhos discos de ebm.